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ANTIGA ROTA DE LIGAÇÃO ENTRE MINAS GERAIS E RIO DE JANEIRO COMPLETA 210 ANOS

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  Livro sobre o Caminho do Comércio será lançado em 14/11/2021 em Bom Jardim de Minas     UM NOVO CAMINHO REAL  - Em 14 de novembro de 1811 a “ Real Junta do Commercio, Agricultura, Fabricas e Navegação do Estado do Brazil e seus Domínios Ultramarinos”,  órgão integrante da administração joanina,  determinou a abertura do “Caminho do Comércio”,  com o objetivo de facilitar a ligação de Minas Gerais à cidade do Rio de Janeiro e possibilitar, de forma mais rápida e econômica, o abastecimento da Corte, cuja população havia aumentado consideravelmente com a chegada da Família Real no Brasil, em 1808. Siga  @caminhodocomercio  no instagram O    Caminho Novo, aberto no início do século XVIII por Garcia Rodrigues Paes,    era muito longo e não conectava o Rio de Janeiro    diretamente com a principal área de produção de alimentos de Minas Gerais (Sul de Minas e Campo das Vertentes), tornando-se obsoleto e inadequado no início do século XIX, o que também motivou a criação do Caminho do Comérci

NHÁ CHICA - A SANTA DO CAMINHO DO COMÉRCIO

José Francisco Mattos e Silva Independentemente da sua religião ou da sua fé, independentemente da minha também, o dia de hoje para todos os nascidos no Sul das Minas Gerais é muito significativo. Quase todos, senão todos, desde os tempos de criança ouvíamos, as vezes  assombrados, as histórias de Nhá Chica. Nhá Chica, que nasceu no arraial do Rio das Mortes, cresceu e viveu em Baependi, nas estradas reais e nos caminhos que construíram o Brasil, o caminho do comércio. Filha de escravos, analfabeta, simples, mulher que abraçou a riqueza do amor. Em sua casa, uma cama, seis bancos, um fogão a lenha, seus objetos, um sombrinha, um terço. Sua roupa, um único vestido. Nhá Chica soube ser gente, atraiu os homens cultos do Império, abraçou os pobres, consolou os famintos, muito mais do que pão, alimentou o povo de sua época com a generosidade ao saber ouvir, aconselhar e nas despedidas nas quais recomendava, com esperanças: "vou falar com minha Sinhá ". Nhá Chica

A MANGUARA DO VIANDANTE

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Marcos Paulo de Souza Miranda O título deste post  talvez soe estranho a muitos, pois “manguara” e “viandante” são palavras pouco utilizadas atualmente, e podem suscitar associações maliciosas descabidas. Mas falamos de expressões que eram muito comuns nos séculos XVIII e XIX, quando o trânsito de pessoas pelos antigos caminhos reais era cotidiano e perigoso. Expliquemo-nos. Viandante é sinônimo de andador, andarilho, caminhante, caminheiro, ou seja, aquele que anda a pé, palavra que aparece no Diccionario da Lingua Portugueza, de Morais e Silva, publicado em Lisboa em  1799. Manguara, por sua vez, nada mais é do que uma vara grande, mais grossa na extremidade inferior, própria para caminhar em terreno difícil ou escorregadio. Ou seja, porrete ou cajado. O mineiro, de Campanha, Francisco de Paula Ferreira de Rezende (1832-1893), em seu livro “Minhas Recordações”, ao tratar do vestuário dos homens de seus tempos de rapaz registra o uso de “chapéu de palha

DESCOBERTAS RUÍNAS DA CAPELA ONDE FOI BATIZADA NHÁ CHICA ÀS MARGENS DO CAMINHO DO COMÉRCIO

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O ARRAIAL DE SANTO ANTÔNIO  DO RIO DAS MORTES PEQUENO FICAVA ÀS MARGENS DO CAMINHO DO COMÉRCIO E LÁ, INCLUSIVE,  FICOU HOSPEDADO SAINT-HILAIRE ------ Alicerces da fé são revelados na capela de Nhá Chica Às vésperas da beatificação, que deve reunir 40 mil católicos em Baependi, voluntários descobrem piso de pedras da capela em São João del-Rei, onde Nhá Chica foi batizada em 1810 Gustavo Werneck Publicação:   01/05/2013 06:00   Atualização:   01/05/2013 07:38 Na semana em que Francisca de Paula de Jesus (1810-1895), a Nhá Chica, será beatificada, em Baependi, no Sul de Minas, onde viveu por oito décadas, o anúncio de uma descoberta surpreende e joga mais luz sobre a história da filha de uma ex-escrava que dedicou seus dias à fé em Deus, humildade e solidariedade humana. De forma inesperada, um grupo encontrou o piso da Capela de Santo Antônio, no distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, em São João del-Rei, Campos das Vertentes, na qual a menina foi batizada

DOM PEDRO I VIAJOU DE SEGE (CARRUAGEM) PELO CAMINHO DO COMÉRCIO

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Sobre os primeiros tempos do Caminho do Comércio, escreveu em 1821  o Desembargador Paulo  Fernandes Viana [1] , Intendente da Polícia no Rio de Janeiro:  “Tive o gosto de ver Sua Magestade por este meio viajar de carruagem por Maricá, Nuan, São Gonçalo, Engenho Novo, Tambi e depois de fazer a picada com que de Iguassu pudesse Sua Magestade ir em sege até o Rio Preto a entrar na Comarca de São João de El Rei, província de Minas Gerais, ajustei essa estrada com todas as pontes precisas e cobertas por 48 contos de reis a pagamentos de 8 contos de 6 em 6 mezes, para facilitar d’este modo em carros a condução dos frutos d’aquella província para esta, e do interior de todas as fazendas, estabelecendo assim um manancial de riquezas para esta Côrte...” Intendente Paulo Fernandes Viana - um dos responsáveis pela abertura do Caminho do Comércio [1]   Abreviada demonstração  dos trabalhos da Polícia em todo o tempo que a servio o Dezembargador do Passo Paulo Fernandes Vian

Naturalistas e as plantas úteis nativas do sul de Minas Gerais

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Maria das Graças Lins Brandão DATAPLAMT – Museu de História Natural e Jardim Botânico & Faculdade de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais mglinsbrandao@gmail.com A flora brasileira representa uma das mais importantes fontes de novos produtos farmacêuticos, cosméticos e nutracêuticos, devido a sua biodiversidade e o uso tradicional associado. Na década de 70, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a reconhecer as plantas medicinais como importante fonte de medicamentos e em 2002, ela instituiu um programa para estimular as pesquisas de validação das espécies que contam com histórico de uso há séculos. Validar uma planta significa avaliar seu potencial farmacológico e confirmar a ausência de toxicidade. Somente assim, elas podem ser transformadas em produtos de uso coletivo e em saúde pública. O Programa da OMS prioriza os estudos com plantas usadas na medicina tradicional chinesa, indiana, arábica e pelos índios americanos. Recuperar informações sobre as

Caminho das viagens do naturalista francês Saint-Hilaire é redescoberto por autor mineiro em livro bilíngue e ricamente ilustrado.

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Caminho das viagens do naturalista francês Saint-Hilaire é redescoberto por autor mineiro em livro bilíngue ricamente ilustrado. O Caminho do Comércio é citado na obra. No dia 03 de abril de 2013, na sede da Aliança Francesa de Belo Horizonte o médico e escritor mineiro Eugênio Marcos Andrade Goulart lançará seu livro “Viagens do naturalista Saint-Hilaire por toda Província de Minas Gerais”, um livro bilíngue, com textos em português e francês e cerca de 100 fotografias e imagens, onde o autor refaz o trajeto de Saint-Hilaire em Minas Gerais, e nos leva com ele por um incrível passeio repleto de história e paisagens belíssimas, fazendo um paralelo interessante entre o século XIX e os dias atuais. Na página 126 está escrito sobre a passagem de Saint-Hilaire pela cidade de Andrelândia no início do Século XIX: "Comentou sobre a nova estrada que passava pela região, que ficou conhecida depois como Caminho do Comércio. Escoava a produção do sul de Minas para o Rio de Janei